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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

conto poético:ENIGMA



A noite bela e sedutora transforma

o firmamento em um pavilhão azul,

esmaltado por estrelas que encobre-se

vez ou outra como em brancas mortalhas,

nos capulhos de nuvens que deliram

no espaço infinito.

O frio é intenso,caem flocos

de neve quase transparente...

O mistério da natureza recolhida

inânime e profunda.

A melancolia coa na alma

sentimentos intensos,

sentimentos inefáveis,

sentimentos que a linguagem

jamais conseguiria reproduzir,

tão indescritíveis.

Cada folha ,cada filamento

de relva parece gritar,tudo se anima

tudo fala.

O rochedo agita-se,caminha

solta gargalhada,o vendaval ruge em lamento

a cada lufada.

De repente na treva sulcou

uma centelha...

A faísca inoculou-se,tornou-se corpos,

então distinguira-se dois vultos abraçados

cruzando o ambiente iluminado

Dois amantes pareciam destacar

duma certa iluminura,dessas que

passam intactas através dos séculos,

como o amor .

Exuberavam irradiações

deslumbrantes de toda fisionomia.

Era a personificação,

a apoteóse viva do gênio

chamado amor eterno...



veraportella