Seguidores

terça-feira, 27 de abril de 2021

A ULTIMA ESTAÇÃO

 




--Meu trem da vida já percorreu muitas estações, umas alegres, felizes, outras nem tanto.

Mas em todas elas, minha mãe, Galda, como era chamada carinhosamente sempre esteve comigo e no primeiro vagão! Em algumas estações, nossas risadas ecoavam pelos trilhos, de tanta alegria, em outras , porém, ela precisava segurar firme minhas mãos ,para que eu não caísse, e eu a abraçava forte buscando forças para que

pudesse continuar ,prosseguir na viajem.

-Na estação da Esperança, meu trem sempre se demora mais, pois mamãe, sonhadora como eu, me falava de um futuro feliz, que juntas desfrutaríamos breve.

Minha primeira colônia de férias na escola, foi inesquecível, pois ela ,com sua preocupação demasiada, ao chegar no ônibus que levaria os alunos, acabou atrasando a saída com tantas recomendações, e pedidos quase ingênuos ao monitores sobre mim...atrasamos quase uma hora, todos estavam ficando nervosos srrsrs, nunca esqueci sua imagem nos acenando, olhando nossa saída até nos perder de vista. Meu trem da vida seguiu viagem e em cada estação ,mamãe comigo estava, as vezes só em coração e pensamentos. Minha viagem segue pelos trilhos da vida, eu sempre no primeiro vagão, aproveitando cada paisagem, sempre lembrando a imagem dela como a emoldurar toda aquela beleza. Hoje meu trem da vida parou na estação da saudade e mesmo ao som frenético do apito do maquinista, tenho dificuldade de seguir adiante, pois falta uma passageira muito importante no primeiro vagão. Aos poucos, lentamente o trem desliza sobre os trilhos, e ouve-se ao longe o som triste, insistente ,esperando o dia de finalmente chegarmos a estação



 do Encontro, a Última Estação do trem da vida…



veraportella

Recordações agridoces




Uma tempestade ruge em meu coração, há tanto mistério e incoerência dentro de mim que mais fácil seria contar grãos de areias no fundo do oceano do que entender meus pensamentos. A cada sorriso uma pétala de melancolia surge sombreando meus olhos. Como uma pluma colheireiro a flor do lago. As vezes o passado é um folhear livro da florida razão da existência. É como um grito de gaivota penetrando no silêncio da noite. As vezes me assemelho a uma ave aquática abrindo asas e esvoaçando a flor das ondas, e vejo a doce esperança numa sombra projetada na face cintilante das águas. Minha imaginação me afasta do mundo com suas asas coloridas e me deixa sonhar. Não há nada comparável abonança. O canto dos pássaros tem mais frescor e melodia. É o grande idílio da natureza. O lampejo de um pressentimento ilumina minha alma e fico aqui com minhas recordações agridoces.